Há anos venho tentando achar uma solução. O que escrever sobre música que não seja resenha, crítica, reportagem, matéria, artigo – jornalismo musical? Não sei. Entre 2003 e 2006 escrevi uma dissertação de mestrado sobre Xenakis, o compositor grego sitiado em Paris durante o pós-guerra (para mais informações baixe a minha dissertação aqui - http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27140/tde-05072009-183519/es.php ). Tentei iniciar uma possível atividade em música experimental acadêmica usando a linguagem de programação musical CSound. Acabei desistindo. A demanda de tempo e as vicissitudes da vida acabaram por me levar a outros caminhos. Hoje sou professor de sociologia no estado de SP. Em 2009 consegui comprar meu primeiro e tão sonhado equipamento – guitarra, ampli e pedais – e de lá para cá tive apenas uma experiência com banda, mas não menos intensa no Drink a Beer for a Better Life. A banda não foi para frente, pois um dos integrantes, um decasségui mudou-se novamente para o Japão para tentar uma vida melhor.
Também comprei inúmeros livros instrucionais de jazz para estudar e baixei muitas outras coisas de blues também. Venho estudando, às vezes com mais convicção, outras com livre vontade, sem me prender a rígidos esquemas, só tocar.
O principal problema de tocar e formar bandas no interior de São Paulo é que não há um cenário (não quero dizer com isso “cena”), ou seja, há poucos músicos, pouca gente interessada em dedicar uma parte considerável de seu tempo a seus instrumentos, e não quero dizer com isso estudiosos virtuoses, que há aos montes por aí. São poucos os que se interessam por novos caminhos. Enfim... Vou levando como é possível.
Espero escrever sobre música no blog, inclusive escrever sobre publicações e textos que acompanho, mal, mas acompanho. Mas principalmente encontrar novos caminhos, destoantes do chamado “jornalismo musical”. Penso num texto com bases filosóficas fenomenológicas e existenciais.
Até...
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ResponderExcluirPedra, vou baixar sua tese! Acredito que não vá entender nada, mas vou tentar... E outra, eu já acho que independente do que vc escreva (ou de haver um rótulo para o texto musical), já é carregado por bases filosóficas fenomenológicas e existenciais. Meio que intrínseco.
ResponderExcluirbeeijos,
Laís.