terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um apanhado de coisas...


            Não fui acostumado em minha educação a gostar de carros e velocidade e muito menos relacionar tais coisas à virilidade. Aprendi a dirigir porque é uma espécie de “mal necessário”. Na maior parte da minha vida sempre me desloquei a pé ou usando transporte público e disso nunca me envergonhei. Por um curto período usei o carro do meu pai. Agora não tem jeito. Minha mulher está grávida e preciso pegar o carro. Haja barbeiragem. Já detonei o carro da minha digníssima esposa duas vezes. E é lógico: ela tem medo de andar comigo.
            Casamentos. Detesto ser solicitado a dar dinheiro em casamentos que eu mal conheço os noivos. E por que eles pedem só para os homens? Como se a mulher de hoje não trabalhasse. Como se 99% delas ainda fossem classificadas como “do lar”. Se o presente está dado então obviamente não tenho obrigação de dar dinheiro. Mas criam a situação como se fosse uma brincadeira e se você não brinca vai automaticamente para o “eixo do mal”. E outra... sou impregnado daquela visão de que dinheiro é uma coisa “suja”. Se estou numa festa em que já presenteei os festejados me sinto completamente constrangido em ter que dar dinheiro. “Precisamos mesmo tocar nesse assunto? Agora?”
            Comecei a estudar latim. Minha primeira iniciativa em tentar compreender as antigas línguas da filosofia. Espero que me auxilie na compreensão das línguas românicas clássicas, pois tenho uma gramática comparativa e em breve quero ler textos em francês, espanhol e italiano com maior destreza. O próximo passo é estudar grego. Quero poder ler alguns dos diálogos de Platão em grego.
            Que merda! A guitarra não anda fazendo parte da minha vida nos últimos tempos... Mas em breve volto a ela. Quando deixo de tocar é porque tenho questões internas a resolver. Enquanto isso vou baixando os álbuns das listas do site Pitchfork. Neste exato momento estou ouvindo “Fig. 5” da Jackie-O Motherfucker. Tenho um problema sério com essas bandas bagunceiras. Ou eu gosto de coisas que experimentam ao máximo com pouco (guitarras, baixo e bateria) ou de música eletrônica ou uma mistura de ambas. Essas bandas que juntam um monte de quinquilharias e compõem peças longuíssimas não me atraem. Acho extremamente maçante.

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