Count Five - A exaltação do Fuzz
Faz uns dias que não escrevo aqui... De tempos em tempos paro para deixar o corpo pensar e deixar o cérebro ocupado com coisas bem mais inúteis, mas que são, infelizmente, necessárias. Mas venho escrever por uma boa e apaixonada razão. Descobri que meu filhote vai ser um menino e já escolhemos o nome – Tales. Curiosamente de lá pra cá vem crescendo esse fervor que tenho pela vida. Esse fogo inextinguível que põe o mundo e as estrelas a girar por vezes nos pega nos braços e nos assopra uma labareda nos lembrando de que nada vale a vida se não nos lembrarmos eternamente do movimento perpétuo. O bacana disso tudo é que novamente despertou em mim aquele furor juvenil que eu achava tivesse ido embora e estivesse me afogando num mar de pessimismo death metal. Felizmente tudo retorna. Volto a ter aquela paixão pela minha guitarra. Pelas pegadas de blues, hardão70, rockabilly, punk rock e coisas que realmente fazem dar-me conta de que estou vivo. E que a vida mesmo sendo uma merda é boa assim mesmo. Venha o que vier, mas os Rolling Stones sempre estarão do meu lado. E sempre que ponho a me adentrar neste espírito percebo que quanto mais velho mais descomplicação queremos. Não nos darmos a complicações que a outros é simplicidade é um bom caminho. Pelo menos para mim. Segue portanto o sonho de montar uma banda de rock garageiro fuzz gasolina... não vou desistir... só quero legar uma coisa ao meu filho que virá... o furor inextinguível pela vida...
Obs.: Detesto gente que se propõe a filosofar contemplativamente. E pior, mal sabem o que é filosofar. Na tentativa de evidenciar a profundidade de seus pensamentos é na própria merda que remexem.
Super mega fucking cute.
ResponderExcluirQue bom ver num texto um otimismo nada clichê e bem apresentado, sem firulas filosóficas ou pseudo-cultas. Sem complicação. Aliás, com vc não existe nada pseudo. Com você, não.
Adorei o texto, e o Tales vai gostar bem mais.
beeijos,
Laís